1° ANO: Turmas A, B e C.
3° ANO: Turmas A, B e C.
COLÉGIO IBITURUNA (Ensino Médio)
3° ANO: Turmas A, B e C.
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SOCIOLOGIA: O POSITIVISMO E A FORMAÇÃO DA REPÚBLICA BRASILEIRA
O período compreendido entre a proclamação da República em 1889 e a Revolução de 1930, foi tradicionalmente denominado de República Velha.
Nos últimos anos, o termo vem gradualmente sendo substituído por Primeira República, porém, as interpretações sobre o período não sofreram alterações significativas.
Nos últimos anos, o termo vem gradualmente sendo substituído por Primeira República, porém, as interpretações sobre o período não sofreram alterações significativas.
Os Novos Atores: Nas últimas décadas do século XIX o regime monárquico viveu um processo constante de crise, refletindo o surgimento de novos interesses no país, associados à elite cafeeira, aos militares, às camadas urbanas e aos imigrantes, que representavam a nova força de trabalho. O movimento que eliminou a monarquia no país foi comandado pelo exército, associado à elite agrária, particularmente os cafeicultores do oeste paulista. Estes últimos, há duas décadas haviam organizado um partido político, o PRP - Partido Republicano Paulista - que não apenas defendia o ideal republicano, mas também a fim da escravidão e o federalismo que garantiria a autonomia estadual. Foi desta maneira que a elite cafeeira procurou conquistar o apoio dos setores urbanos, de diferentes classes e das elites regionais.
Benjamin Constant: Apesar de dividido em facções, os republicanos históricos, chamados evolucionistas, eram predominantes e defendiam mudanças graduais, sem a participação popular no movimento, procurando marginalizá-la não só da ação, mas principalmente da construção do novo modelo político. Eram admitidos pelos monarquistas, pois defendiam o respeito à ordem pública, muitos eram cafeicultores e alguns ainda possuíam escravos; julgavam que chegariam ao poder disputando as eleições com os partidos tradicionais e percebiam a enorme importância que tinha o governo como instrumento de ação econômica. Seu principal líder era Quintino Bocaíuva.
Os militares por sua vez haviam angariado grande prestígio após a Guerra contra o Paraguai, momento a partir do qual o exército passou a se estruturar, destacando a importância das escolas militares, que foram responsáveis pela formação ideológica da maioria dos soldados, das grandes cidades, a partir da ideologia positivista, base para a participação política cada vez mais ativa dos militares. Dentro do exército brasileiro destacou-se Benjamim Constant, professor da Escola Militar, acusava o ministério imperial de falta de patriotismo, por ter punido militares que se recusavam a capturar negros foragidos e criticavam pela imprensa os desmandos de políticos corruptos.
O POSITIVISMO: É uma ideologia que desenvolveu-se na
França e ganhou o mundo ocidental, tornando-se predominante já no final
do século XIX. O nome vem da obra de Augusto Comte, "Filosofia
Positiva", quando o autor faz uma análise sobre o desenvolvimento de seu
país ao longo do século, atribuído à indústria e a elite industrial,
grupo esclarecido e capacitado, que, se foi o responsável pelo progresso
econômico, deveria ser o responsável pelo controle do Estado. Para
Comte, caberia a elite governar, enquanto caberia ao povo trabalhar.
Trabalhar sem reivindicar, sem se organizar e sem protestar, pois "só o
trabalho em ordem é que pode determinar o Progresso", nascendo daí o
lema de sua filosofia, que os militares escreveram na bandeira
brasileira (Ordem e Progresso), após o golpe de 15 de novembro.
Existe uma tendência de se considerar que "os militares" proclamaram a República, ou que, sem os militares, não haveria república.
Primeiro é importante lembrar que havia nas camadas urbanas uma forte disposição a favor do movimento republicano; segundo, já vimos que havia um forte partido político, representando a nova elite agrária, disposta a chegar ao poder, mesmo de forma moderada; terceiro, é necessário lembrar que, apesar de existir o "espírito de corpo" entre os militares e que a ideologia positivista era cada vez mais forte dentro do exército, este encontrava-se dividido e existiam as disputas internas ao mesmo. Os militares, de uma forma geral, rechaçavam os políticos civis, porém perceberam que era necessária uma aliança com os evolucionistas, pois garantiriam dessa maneira o fim da monarquia, mas a manutenção da "ordem".
Marechal Deodoro: Monarquista convicto, Deodoro enfrentava problemas políticos com parte do ministério imperial e também dentro do exército. Participou do movimento republicano a partir da crença de que D. Pedro II já não governava e que o ministério comandado por Ouro Preto pretendia fortalecer a Guarda Nacional, e enfraquecer o exército. No dia 11 de novembro civis e militares organizaram o levante, cuja idéia encontrou a oposição de Floriano Peixoto. O governo provisório criado após o golpe foi comandado pelo Marechal Deodoro da Fonseca.
A ESPADA: A República da Espada foi a denominação dada ao período que compreende desde 15 de novembro até o final do governo do Marechal Floriano Peixoto, em 1894. Durante este período, dois militares governaram o país; daí a origem do nome: espada. No entanto, apesar de Deodoro e Floriano serem homens do exército e possuírem o "espírito de corpo" do militar, não podemos dizer que tivemos no Brasil dois governos militares, mesmo considerando a tendência centralizadora dos mesmos.
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